07 junho 2011

Cachinhos Leitores e Cachinhos Dourados


Eu sempre gostei muito de ler, e a leitura é algo que me acompanha desde que consegui decifrar as primeiras letras. Na escola eu nunca fui uma aluna muita aplicada, mas vivia na biblioteca devorando livros e textos literários. Lembro de filar a aula de física de um professor detestável para ficar na biblioteca lendo, e de uma vez ter tirado o primeiro lugar em um concurso que a biblioteca da escola promoveu como a aluna com maior empréstimos de livros. Tive várias fases: Para gostar de ler, Pedro Bandeira, Paulo Coelho, Jorge Amado, e clássicos como José de Alencar e Machado de Assis. Sem falar nos gibis que eu amava. Mas tem um tipo de literatura que sempre me encantou, mesmo na vida adulta: a literatura infantil. Eu guardo até hoje, com o maior carinho, alguns dos meus primeiros livros infantis, e desde que me tornei mãe, essa paixão veio a tona com força total. Fico encantada com as possibilidades dos livros infantis, adoro ver as ilustrações, sentir a textura, e imaginar como cada palavra vai chegar aos ouvidos dos pequenos leitores.


É pela paixão que os livros infantis despertam em mim que decidi criar o Cachinhos Leitores. Mas é preciso dizer que não sou nenhuma especialista no assunto. Não tenho nenhum tipo de formação que me capacite a tecer grandes comentários, e sou mais uma apaixonada que uma entendida nos livros infantis. Por isso a proposta do blog é extremamente simples: serão postagens semanais, provavelmente às terças-feiras, trazendo sempre a dica de um livro infantil que eu realmente recomende, a partir da minha visão de leitora e mãe, sempre com umas pitadas do meu dia a dia

Ah, sobre o nome do blog, há duas explicações. A primeira está descrita no perfil dele, e refere-se ao fato de nossa família ser cheia de cachinhos, e de adorarmos isso. A segunda tem a ver com o primeiro livro infantil que li na vida. Meus pais liam muitos livros para mim, mas era ainda uma leitura compartilhada. Eu estava começando a arriscar minhas primeiras leituras individuais, e estava em uma manhã de sábado na casa dos meus avós, quando meus pais, que haviam saído para fazer compras, voltaram com um pequeno livro para mim: Cachinhos Dourados. Eu fiquei eufórica e pedi ao meu pai que o lesse para mim, ao que ele respondeu “não, você o lerá sozinha”. Apesar de tanto tempo já ter se passado, lembro-me com exatidão do susto que tomei. Ainda não me sentia preparada para aquilo. Insisti que ele lesse, argumentei que não conseguiria, e meu pai afirmou com aquele jeito inegociável que ele tem, que não tinha a menor dúvida que eu conseguiria. Insegura, abri o livro e comecei a leitura, amparada por ele e por minha mãe. Fui lendo as pequenas frases oscilante, mas a voz foi ganhando firmeza, e ao final do livro eu tinha um sorriso triunfante no rosto. Jamais esquecerei as sensações desse episódio da minha infância, que é um dos que trago mais claro na minha memória. Eu conseguia ler!!! E nunca mais consegui parar.

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