20 abril 2012

Histórias que o vento sopra... que Elma sopra

Vento
ilustrações: Elma
editora: Global

De vez em quando me pego perguntando porque cargas d'água não trouxe ainda aquele livro especial aqui. Não sei a resposta, mas com o livro de hoje aconteceu exatamente assim. Vento é um dos livros mais especiais para mim. Foi com ele que conheci o maravilhoso trabalho de Elma, e desde então ela tem sido minha ilustradora favorita (já falei dela aqui).

A sensação que tenho é que Elma soprou Vento assim, numa tarde clara de verão, talvez num domingo meio preguiçoso e muito inspirado. Sem usar uma única palavra, ela conta onde a imaginação e o vento podem levar três pequenos sonhadores, que são carregados por dezenas de pássaros e deslizam pela tromba de elefantes voadores.

Eu me derreto toda com a imagem da mãe que sopra para os filhos e depois os "prende" de volta a realidade. Não é esse o dilema diário do ser mãe? Soprar a imaginação e os mostrar/ensinar o que é real? Viver a fantasia da infância com o filho e a realidade do nosso louco dia-a-dia? Hoje me peguei pensando se estou conseguindo soprar e ajudar minha pequena a voar... tenho trabalhado tanto, me ausentado tanto, me estressado tanto... como é difícil equilibrar estas coisas e ter leveza para simplesmente soprar para eles, né?

Sempre gostei de dizer que a coisa mais importante que uma mãe precisa saber fazer é simplificar. Hoje eu acrescentaria que além de simplificar é preciso saber soprar. A maternidade deveria ser, além de simples, leve e fresca!


16 abril 2012

Um presente especial e o consumismo infantil - parte 2

continuando:

Bom, sei muito pouco sobre o assunto, vou escrever aqui apenas minhas observações de mãe e consumidora questionadora, ok?

- Pare para pensar: dos alimentos que você coloca no carrinho do supermercado à roupa que você escolhe para ir trabalhar, passando pelo presente de natal que você escolhe para o seu filho e o  destino das suas próximas férias, tudo recebe, em menor ou maior grau, a influência da publicidade e do processo de massificação do consumo. Constatar isso me deixa um pouco assustada, pois me sinto invadida e manipulada, e com pouca autonomia até para tomar as decisões mais simples. Pode parecer exagero, mas não é. Recebemos informações para ditar o nosso consumir o tempo inteiro, na TV, no rádio, na net, nos outdoors e placas da cidade, o tempo inteiro, inclusive da boca de outros consumidores. E por mais que eu tente ser consciente e crítica sobre isso, sei que minhas decisões ainda são pautadas em muito pelo que a mídia diz que deve ser.

- Se é assim para mim, que sou adulta e com um razoável nível de consciência sobre a questão, imagina para as crianças... e eu acredito que se alguém aprende a ser dependente do consumismo na infância, dificilmente conseguirá ter uma visão crítica do consumo e da mídia quando adulto, o que, claro, interessa muitíssimo a quem tem como negócio vender. Por isso acho tão importante observar como nossas crianças estão consumindo e como elas estão pautando suas decisões de consumo. E aí, caramba, tem coisas que simplesmente não são normais. Uma menina de 3 anos que passa brilho labial a cada 2 minutos enquanto brinca de jogo da memória a ponto de perder sua vez de jogar, ou que se recusa a usar uma roupa porque não tem uma “certa rata” estampada (tá, eu sei que é uma coala!), para mim não é normal. Vi acontecer essas duas cenas e desculpa, mais que anormal, isso é desumano.

- Além do seu potencial consumidor, as crianças têm ainda o poder de influenciar os adultos, principalmente os pais, a sua volta. Eu particularmente acho meio absurdo que um adulto escolha seu carro pela influência dos filhos, mas se as empresas automobilísticas gastam horrores em campanhas publicitárias com claros apelos infantis, não tenho dúvidas, tem muito adulto que sofre esta influência sim. Se tem palhaços e bonecos grotescos distribuindo balões e pirulitos em supermercados, postos de gasolina e lojas de material de construção, é porque o público infantil influencia no comportamento de consumo dos adultos sim. Eu não entendo quase nada de publicidade, mas sei que se tem uma coisa que empresário não faz é gastar dinheiro com o que não tem pelo menos muita chance de dar retorno.

- Mas se as crianças influenciam as decisões de consumo dos pais, os pais influenciam muito mais o relacionamento de seus filhos com o consumo. Quando ouço uma mãe falar que comprou isso ou aquilo porque seu filho pequeno alegou que era o único da escola/turma que ainda não tinha, eu penso logo que tem alguma coisa errada com a mãe. Evito fazer esse tipo de acusação, porque sei que quase sempre elas são injustas, mas nesse caso é inevitável. Uma vez uma amiga me disse que estava se endividando toda para fazer a festa de sua filha em um buffet porque a pequena, de 4 anos, chorou arrasada dizendo que todas as crianças da sala dela comemoraram seu aniversário em buffet menos ela. Caramba, um comportamento assim não seria “esperado” pelo menos na pré-adolescência? Isso me cheira muito mais a desejo e frustração da mãe sendo transferido para a filha. E como eu escuto o clássico “ela quem pediu. É dela, não ensinamos nada”... Como assim, cara pálida? Criança nenhuma nasce sabendo consumir, ela aprende com estímulos, e se não é você quem está estimulando, alguém está, e é melhor descobrir como.

- E aí não tem jeito, a TV é mesmo a maior fonte de influência para o consumo, embora não seja a única, para crianças e para adultos. E não falo apenas dos “reclames do plim-plim”.  É filme, novela, programas de auditórios, todo mundo tem conta para pagar, e precisa de patrocinador (rsrs). Quem nunca identificou uma cena “nada a ver com nada” no meio de um programa com um personagem sedento abrindo uma lata de bebida ou elogiando algo de outro personagem, que solicitamente explica todas as vantagens do referido bem? Pois é, isso é lavagem cerebral, e para mim, quando envolve criança, é uma puta sacanagem.

- Fico revoltada ao ver crianças vestidas de adultos mirins. E nesse quesito, as meninas sofrem bem mais - e como mãe de menina, sofro mais junto. Salto alto, unhas pintadas, maquiagem, roupas insinuantes – e todos os adultos em volta achando aquilo lindo. Aí me chegam os pais de uma menina que recebe esse tipo de estímulo desde que começou a andar e me diz que ela só anda de unha pintada aos 3 anos porque exige isso e que pediu para comemorar seus 5 anos num salão de beleza porque “é dela”, ninguém “ensinou”. Ahamm, claro. E aí as novelas são as melhores escolas, né? Tem adulto que acha o máximo ver crianças em novela vestida e agindo igual a adulto - eu morro de vergonha alheia.

*Atenção, não estou falando de vaidade ou curiosidade/vontade de imitar o adulto. Minha filha adora escolher suas roupas e penteados, simular maquiagem em sua penteadeira de brinquedo, e tem a maior curiosidade quando estou me maquiando ou fazendo as unhas, mas sabe que aquelas coisas são para serem usadas por adultos, e ela só terá acesso quando for adulta também. Recentemente dei a ela um esmalte infantil, desses que saem com a água. Ela me pedia há bastante tempo, porque vê várias coleguinhas irem para a escola diariamente de unhas pintadas, e eu achei que com cinco anos já poderia ganhar. Dei e o engraçado é que ele anda lá esquecido, muito de vez em quando ela lembra de usar. Ai, é por isso que eu procuro usar o PROIBIDO apenas em casos extremos... ele é sempre mais interessante, e deixa misteriosamente de interessar quando passa a ser permitido.

- Mas na publicidade, nada me revolta mais do que os produtos alimentícios. A última que vi, numa sala de espera de consultório médico, me deixou indignada: uma mãe em uma fazenda perguntando a “elementos da natureza” (laranjeira, passarinho e porco) se o suco que ia oferta ao seu filho era feito com frutas de verdade, não tinha corante e tinha as mesmas calorias de uma maçã (olha só, não preciso mais comprar frutas para garantir saúde e livrar minha filha da obesidade !). E os salgadinhos do tigrinho que querem me convencer de que os ingredientes usados são apenas aqueles mostrados na propaganda e que por serem assados e não fritos são super saudáveis? Ah, e a lanchonete do palhaço que agora vai concorrer com os restaurantes naturais porque incluiu a possibilidade de uma maçã nos seus combos? Eu já ouvi uma pessoa me dizer “mas você espreme laranja? Aquele suco de caixa tem até os gominhos da fruta, pra quê essa trabalheira?“. Juro que dá vontade de chorar...

- Bom, observo, analiso e questiono sobre todas essas coisas, e venho tomando algumas medidas desde que minha filha nasceu ou ao longo do processo: não assistimos novela em casa, na verdade não assistimos quase nada além de resenhas esportivas, noticiários e desenhos animados; evito roupas de marca e/ou personagens (ela praticamente só tem as que ganhou de outras pessoas) e consumir em lanchonetes que usam venda casada de brinquedinhos; reduzimos consideravelmente o consumo de alimentos superprocessados em casa (refrigerantes, salgadinhos, recheados e as chamadas guloseimas praticamente não entram); procuro ser criteriosa com os brinquedos que ela tem acesso, etc. Faço isso porque entendo que esse é um papel meu e do pai dela, mas nunca tinha questionado se caberia ao Estado regular as mensagens publicitárias que chegam às crianças. Por total ignorância partia do princípio de que morando em um país capitalista regido, dentre outros, pelo direito a propriedade, "as coisas são como têm de ser", e não via possibilidade de serem diferentes.

- Foi aqui na net, mais especificamente nos blogs maternos, que ouvi pela primeira vez sobre autorregulação, regulação e proibição da publicidade infantil. Ainda me sinto incapaz de tomar partido sobre isso, mas para mim fica cada vez mais claro que o nosso modelo de autorregulação do setor não atende aos anseios de  uma sociedade que deseja consumir de uma forma crítica e lúcida (aliás, dá para dizer que esse é um desejo da nossa sociedade???). Nossos adultos não têm conhecimento crítico suficiente para analisar e filtrar o que deve ser exposto à suas crianças - ponto. E para mim, sem isso a autorregulação é mais uma história para boi dormir.
- Por outro lado, a responsabilidade dos pais continua sendo enorme, até porque o exemplo em casa continua sendo o mais importante influenciador do comportamento infantil. E acredito que apenas tendo exemplos de pessoas que sejam capazes de filtrar e criticar as mensagens recebidas pela mídia, nossas crianças serão capazes de fazer suas filtragens também. Entretanto, com adultos tão imersos no mundo consumista e tão crentes nas historinhas que a publicidade conta, como torná-los responsáveis? Alegar que cabe aos pais filtrar o que seus filhos vêem e que portanto pode-se expor qualquer coisa na TV, é no mínimo muita cara de pau.

Obrigada a quem conseguiu ler até aqui. São apenas algumas considerações pessoais, cheias de dúvidas e algumas certezas. Gostaria acima de tudo de convidar todos a pensar e questionar sobre estes pontos. Enquanto não se decide a melhor forma de conduzir a publicidade infantil, acho que cabe a nós, pais e reponsáveis, informar-se, questionar e debater sobre a melhor forma de atuarmos na formação dos nossos pequenos consumidores. Quem consome e não questiona é presa fácil nessa briga de titãs...

Um presente especial e o consumismo infantil - parte 1

João Esperto leva o presente certo
Texto: Candace Fleming
Ilustrações: G. Brian Karas
Tradução: Peter O’Sagae
Editora: Farol
  
Há alguns dias li no blog da Paloma um convite que mexeu comigo: escrever um post sobre criança e consumismo. Taí um tema que me interessa, e que tenho lido um bocado pelos blogs maternos. Enquanto matutava sobre o que eu poderia escrever sobre o assunto, fiquei tentando lembrar de um livro que abordasse o tema para trazê-lo junto com minhas considerações, mas não estava conseguindo lembrar de nenhum.

Até que, na sexta-feira, uma ida a livraria me trouxe uma surpresa. Fui em busca de um presente para uma esperta menininha de 7 anos e logo na chegada à loja dei de cara com o João Esperto leva o presente certo. Ah, além de ser o presente perfeito, era o livro que eu procurava para trazer aqui junto com umas observações minhas sobre consumismo e infância.

É que João é convidado para a festa de 10 anos da princesa, mas ele é muito pobre, e não tem nada para dar de presente à ela, nem dinheiro para comprar. Ahhh, mas João é esperto, e com algumas trocas ele consegue os ingredientes para um bolo, e no dia da festa sai todo feliz com um lindo bolo de aniversário, feito por ele mesmo, para a princesa. Mas o caminho até o castelo é longo, e cheio de imprevistos, e o seu presente vai ficando pelo caminho...  mesmo assim, o pequeno João não desiste, e quando chega à festa encontra uma princesinha entediada com uma montanha de presentes magníficos e...  chatos. De mãos vazias, João encontra o melhor de todos os presentes para a princesa. Eu não vou contar qual é, claro, mas posso dizer que é algo que eu também adoro ganhar, e que tem tudo a ver com o Cachinhos Leitores.

A minha menina, que estava comigo na livraria, também adorou a história de João. Espero que ela tenha percebido que existem coisas que dinheiro nenhum pode comprar, mas que têm muito valor. Entretanto, ensinar isso a nossas crianças tem ficado cada vez mais difícil, e este tem virado um discurso muito retórico mas com pouquíssima aplicação.

E é aí que eu começo minhas observações sobre a infância e o consumismo, assunto que me interessa bastante. Porque o consumismo burro e vazio é para mim um daqueles fantasmas que, creio, toda mãe tem em relação aos filhos (e cada uma tem seus fantasmas próprios), e por isso tento combatê-lo diariamente. Como minhas observações ficaram longas demais, resolvi colocá-las itemizadas em um post específico, que será publicado imediatamente depois deste. Não deixar de dar uma olhada, tá?

14 abril 2012

Quem tem pipi?

Ceci tem pipi?
texto: Thierry Lenain
ilustrações: Delphine Durand
tradução: Heloisa Jahn
editora: Companhia das Letrinhas

Ceci foi uma deliciosa descoberta que eu fiz há alguns meses atrás no blog da Paloma. Ela é fã dos livros de Thierry Lenain, um francês que tem duas filhas e que busca em seus livros defender as meninas. Acabei virando fã também, e além do Ceci tem pipi?, comprei Ceci quer um bebê e Os beijinhos da Ceci, mas segundo o cronograma maluco que eu defino para apresentar os livros para a filhota, só chegou a hora do primeiro.

No ano passado as questões sobre meninos e meninas ficaram bastante latentes no dia-a-dia da pequena: o que meninos podem fazer, o que meninas não podem, o que meninas devem gostar, o que meninos não devem gostar, enfim... ela também ficou bem curiosa sobre as diferenças físicas de meninos e meninas, e Ceci a conquistou de cara. É que Ceci é uma menina como todas as outras, mas que consegue ser bem diferente - Ceci desenha mamutes no lugar de florzinhas fofinhas, joga futebol e tem bicicleta de meninos! Ahhhh, e isso dá um nó na cabecinha de Max, colega de escola de Ceci, para quem, até então, meninos e meninas não podiam fazer e gostar das mesmas coisas.

Achei a idéia do livro sensacional, pois além de questionar os critérios bobos que criamos para definir as "coisas de meninos e de meninas", procura quebrar com a idéia de que "falta algo às meninas". Não sei quase nada sobre o assunto, mas sei que segundo Freud, na primeira infância, a idéia de castração leva as meninas a um sentimento de inferioridade - e taí um sentimento que se eu pudesse evitaria em minha filha. Esse é o primeiro livro voltado para crianças em que vejo o tema ser abordado, sem tapeação, sem tratar a criança como boba, mas de forma lúdica e buscando apresentar a questão na visão da criança.

Eu concordo inteiramente com Thierry que diz que "quando o pessoal Com-pipi se achar um pouco menos espertinho, quando parar de achar que é mais forte, as coisas vão melhorar para todo mundo (inclusive para o pessoal Com-pipi)". Eu também tenho absoluta certeza disso...

04 abril 2012

Cachinhos poderosos

Peppa
texto e ilustrações: Silvana Rando
editora: Brinque-Book

Só recentemente me dei conta de que não tinha trazido ainda este livro tão especial para os cachinhos da minha casa, cuja capa virou, inclusive, minha "foto" na blogosfera. Lembro do dia que conheci Peppa na livraria, e de como o achei imediatamente a nossa cara.

É que Peppa tem um cabelo cheio de cachinhos, mas não quaisquer cachinhos. O cabelo de Peppa é incrivelmente forte e resistente, capaz de arrastar coisas bem pesadas, e de entrar em muitas das brincadeiras da menina. Entretanto, embora se divirta bastante com seu cabelo, um dia surge no caminho de Peppa uma oportunidade de ter seu cabelo diferente, liso e sedoso. E essa oportunidade até tira o sono dela... Bom, ter um cabelo diferente tem suas vantagens, mas também suas desvantagens, e as primeiras aparecem em forma de uma looonga lista de proibições. Não demora muito para Peppa perceber que ter um cabelo "perfeitinho" era acima de tudo, MUITO CHATO!!! Ahhh, vocês já imaginam o final, não é?

Já lemos tantas vezes aqui em casa, e a cada vez eu fico pensando se um dia a minha Cachinhos vai se render a tentação de ter um cabelo diferente, ou vai resistir bravamente a tentação de seguir a direção da manada. Eu resisti, mas não poderei exigir o mesmo dela (quando ela tiver idade para tomar tal decisão e se submeter aos torturantes procedimentos capilares, claro). Por enquanto ela parece bastante tranquila com os seus cachinhos, mas Peppa chegou para ela em uma época em que, às vezes, ela me pedia na hora de arrumar seu cabelo para ir à escola: "Mamãe, você faz meu cabelo igual ao da fulaninha?" e quando eu fazia o penteado que a fulaninha usava ela se irritava, chorava e dizia: "assim não, mamãe, o cabelo dela não é assim, ele fica lisinho". Conversas e leituras depois, os pedidos já não se repetem, e vejo minha menina assumindo seus cachos com tranquilidade, embora eu não possa precisar até quando. Bom, certo é que ela tem um exemplo de orgulho pelos cachos em casa...

atualização em 23/08/2012: outro dia, enquanto lavava o cabelo, ela me perguntou se para ele ficar lisinho ela precisava das proibições. Associei imediatamente a este livro e perguntei "a lista de proibições de Peppa?" Ela confirmou e eu disse que sim, era preciso. Sua resposta foi "ah, então eu não quero que ele fique lisinho não"...

03 abril 2012

Voltando...

e tirando o pó...

Eu sabia que não conseguiria manter uma frequência religiosa de posts no Cachinhos, mas realmente fico surpresa (e triste) ao constatar que 1 mês e meio se passou desde minha última passagem aqui. Posso dizer que nem vi o tempo passar, ele simplesmente passou e nem me pediu permissão rsrs Muitas coisas aconteceram, e escrever no Cachinhos foi ficando para um momento oportuno... que demorooooou a chegar.

Preciso dizer que não é a primeira vez. Sou uma viciada em blogs alheios, aprendo quase tudo que preciso, desde a receita da sopa perfeita (já disse que amo sopa?) até o passo a passo para a lembrancinha do aniversário da minha filha, passando por informações profissionais e dicas de lazer, embora, admito, não leia com muita frequência nenhum. Já como escritora de blogs, sou um desastre. É, esse não é o meu primeiro, na verdade é o meu terceiro, e o motivo do fim dos primeiros foi o mesmo: absoluta inanição por falta de post. Às vezes por estar ocupada, às vezes por falta de inspiração ou ânimo, às vezes porque "aquele" post especial ainda precisa de uma informação ou imagem, eu simplesmente vou deixando de postar e quando vejo, já tem tempo demais, e não vejo mais sentido em voltar. Para não repetir a triste história dos outros, estou aqui, voltando.

Hoje não trago livro nenhum, mas um vídeo maravilhoso que recebi por e-mail. Talvez a maioria já conheça, mas mesmo para quem já conhece, acho que vale a pena lembrar. Pelo amor aos livros, pelo prazer insubstituível de abrir um livro, sentir seu cheiro (de novo ou de mofo, não importa) e tocar suas páginas, por saber que ele estará ali a disposição sem a necessidade de nenhuma parafernália eletrônica. Sei lá se meus netos, ou mesmo minha filha, um dia os substituirão, mas eu não tenho dúvidas, não abrirei mão deles jamais.



bjs e não esqueçam, estou de volta...