Hoje o dia começou estranho, uma manchete no noticiário nacional me tirou o prumo. Bartolomeu Campos de Queirós morreu esta madrugada. O homem que sabia o que se precisa para criar passarinho, que conhecia o quão amargo pode ser um tomate vermelho, que brincava e dançava com as palavras como se elas tivessem vida e asas, agora vai montar seus jogos no céu. Para quem acredita que a morte não é o fim de tudo, imagino um Bartolomeu risonho tecendo textos e estruturas em outras pradarias.
Mas isso não reduz a minha dor de não tê-lo conhecido pessoalmente. Como queria ter ouvido uma palestra sua, quem sabe trocado duas ou três palavras. Queria ter dito o quanto o admiro como escritor e estudioso da nossa língua e do processo de educação. Fiz um contato por e-mail há alguns meses. Coisa de fã enebriada com o seu último livro: Vermelho Amargo. Ele respondeu prontamente à mensagem, dizendo-se feliz por seu livro ter me agradado tanto. E foi só. Não terei outra chance de contato.
Agora penso se vale a pena esperar "hora boa" para fazer algo que se deseja, como conhecer pessoalmente quem se admira. Ou dizer, mesmo que por e-mail, tudo que se sente em relação a outro. Hoje tenho certeza que não...
Um pássaro na cabeça
Há um ano
Mil,
ResponderExcluirLindo texto! O mais bonito de todos
os que li.
Doeu, doeu muito. Passei o dia 16/01
pensativa, folheando todos os livros
que tenho de Bartolomeu, revendo alguns
vídeos e lendo vários textos que faziam
homenagem ao escritor.
Neste dia, recebi um e-mail do escritor
Leo Cunha.Ele estava me fazendo um convite
para ler o texto homenagem que escrevera
para Bartolomeu. Ele conta que teve a oportunidade de conviver com o autor. A
senhora mãe do Leo era proprietária da
editora MIGUILIM (que era também casa de
leitura e livraria).Conta ainda que Bartô
passava por lá quase todos os dias. Veja
que privilégio! Eu como você não tive esta
oportunidade. (Site do escritor Leo Cunha:
www.leocunha.jex.com.br, caso você queira
ler o texto homenagem que ele escreveu.)
bjs
Cristina Sá
http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.
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