15 setembro 2011

Livros para os pequenininhos

foto: getty images

Atendendo a alguns pedidos, hoje trago sugestões de livros para os menorzinhos. Já fui mãe de bebê e sei quantas são as dúvidas sobre quais as melhores opções para eles, e o melhor momento para apresentar-lhes o mundo dos livros. Muito já foi dito sobre o assunto, e com muito mais propriedade, por isso vou deixar apenas a minha opinião.

Não li livros infantis na gravidez, mas depois que minha filha nasceu e eu descobri a internet como ferramenta de troca de experiências maternas, conheci muitas mães que tiveram como hábito ler para a barriga desde que se descobriram grávidas. Achei a idéia sensacional, e sinceramente, se tivesse outra gravidez adoraria fazer isso. A criança vai acostumando com seu tom de voz, a entonação e acima de tudo, aquele momento de leitura vira um momento de contato da mãe com o bebê que ainda nem nasceu.

Mas é claro que é quando o bebê começa a interagir com o mundo que o contato com os livros torna-se realmente precioso. Vou dar como exemplo a minha experiência pessoal com a introdução musical da minha filha. Eu comprei e ganhei vários cd para ouvir durante a gravidez: Beatles for babies, Mozart for babies, Canções de ninar do Palavra Cantada, dentre outros, todos de excelente qualidade. Comprei um aparelho de cd portátil e coloquei no quartinho dela, e ela só dormia com um sonzinho de fundo, o barulhinho da barriga, do coraçãozinho batendo, etc. Bom, a verdade é que essa prática durou pouco mais que o seu primeiro ano de vida, e outro dia até pensei que o aparelho estava quebrado, mas era apenas falta de uso :o. Embora goste de música, não tenho lá muita paciência para parar e ouvir um cd em casa, e embora eu esteja sempre catando as melhores opções musicais para minha filha (principalmente para fugir do que as grandes produtoras têm a oferecer às nossas crianças), esse definitivamente não é um hábito da nossa família. Sem dúvida paramos muito mais vezes para ler um livro que para ouvir um cd.

O que quero dizer é que de nada adiantou ouvir músicas para bebês durante a gravidez e seus primeiros meses, se quando ela realmente começou a interagir e a formar suas preferências musicais essa prática desapareceu na nossa casa. Hoje se alguém pedir para ela cantar uma música ela certamente cantará algo que aprendeu na escola, embora sua estante estejam cheia das melhores opções musicais para crianças no Brasil (ainda bem que a escola dela tem uma excelente professora de música - thank god...) .

Então, eu ouso repetir o que já ouvi de expecialistas diversos: quanto mais cedo melhor, simples assim. Sem neuras do tipo "já era para ter começado?" ou "estamos atrasados?". Comecem, e será o melhor momento. Quando o bebê é ainda bem pequeno o que se lê é irrelevante. Ele ainda não compreende o significado das palavras e ainda não se fixa nas imagens. O que importa é a sua voz, a sua presença ali, inteira, lendo para ele.
Livro de Pano - A abelha esperta
Editora: Ciranda Cultural

A medida que cresce o bebê passa a se interessar pelas imagens, as texturas, e vai desejar tocar e provar o livro como faz com qualquer brinquedo. Nessa fase então, os livros brinquedos são importantíssimos. Adoro os de tecido e de plástico para banheira, porque podem ser amassados, mordidos, babados e depois devidamente lavados. E é ótimo que as crianças façam tudo isso, que se familiarizem com os livros assim.


Coleção Livro de banho Balance e Brinque
Editora: Ciranda Cultural

Por volta do primeiro aninho os livros ainda precisam ser mais resistentes, capazes de suportar a voracidade das mãozinhas curiosas, mas já podem ser cartonados, principalmente se a criança não tiver muita tendência a colocar tudo na boca (foi o caso da minha filha). Os livros com bichinhos sempre fazem muito sucesso entre os pequenos, principalmente se o texto tiver muuuus, miaus e auaus - que eles começam a imitar e identificar. O colorido é importante, assim como as texturas. Um artifício que gosto bastante são os livros com dedoches, brincadeira simples que encanta as crianças pequenas.



Patinho quer brincar
Editora: Sextante / Gmt 

Com mais de dois anos a criança começa a conseguir concentrar-se para acompanhar historinhas curtas, e, na minha opinião, ler para eles fica muuuito mais interessante.




Coleção Carinhas Engraçadas
Editora: Caramelo

Os livros que coloquei aqui são os que mais gosto, que usei com minha filha ou tive contato mais recentemente, mas existem outras excelentes opções no mercado. Eu gostaria de destacar apenas que nem sempre os livros mais caros e com mais efeitos especiais são os melhores. Eu particularmente costumo torcer o nariz para livros caros e cheios de artifícios rebuscados, ou personagens televisivos. Eu acho que nessa fase os animais são mesmo os melhores personagens...

PS1: desculpem o atraso no post. Eu sempre soube que atrasos assim seriam possíveis, mas vou tentar sempre me manter fiel às terças-feiras.

PS2: simmm, eu preciso oferecer mais as boas opções musicais que dispomos para minha filha. Mas eu preciso descobrir o verdadeiro prazer de fazer isso, para então mostrar o quão prazeroso pode ser para ela. Não foi assim com os livros???

Um comentário:

  1. MIL,
    Meu comentário chegou um pouco
    atrasado também.rsrsrs

    Adoro os livros de banho e os
    de pano para bebês.

    Os livros para bebês estimulam:
    a imaginação, a memorização, a
    curiosidade e aguçam os sentidos.

    Na semana passada, li um artigo
    que falava de uma pesquisa feita:
    as crianças de 3 anos que possuiam
    o hábito de leitura em família
    apresentaram, aos 10 anos, desempenho
    escolar superior ao daquelas que não
    liam com frequência.

    Aí está a comprovação: Ler para bebês
    quanto mais cedo melhor.
    um bj
    Cristina Sá do blog:
    http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.
    blogspot.com

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