Aperte Aqui
texto e ilustrações: Hervé Tullet
editora: Ática
Ontem à tarde comecei a escrever
um post sobre um livro que nós gostamos muito, com o intuito de colocá-lo hoje no
ar... mas ele vai ter que esperar um pouco mais. É que à noite fui à livraria
pegar um livro que comprei pela internet e claro, aproveitei para dar uma
olhada nas prateleiras da sessão infantil. Já tinha visto Aperte Aqui algumas vezes, inclusive na seleção 2012 dos 30 melhores livros infantis da Crescer, mas só ontem resolvi folheá-lo. Sua capa predominantemente
branca, com três bolinhas de cores diferentes, não é mesmo das mais instigantes.
Além disso, sempre julguei que fosse direcionado a crianças muito pequenas,
daqueles livros bobinhos que ensinam cores e formas – quem disse que não há
preconceito literário e que estou imune a ele?
Mas enfim peguei o livro e fui
ficando mais e mais surpresa a cada virada de página. Ele é muito, muito bom!
Divertido, estimulante e com um projeto gráfico lindo. E de uma simplicidade
que chega a ser desconcertante que um livro tão bom seja tão simples rsrsrs É
realmente um livro para crianças pequenas (indicação a partir de 2 anos segundo
a Crescer), mas será que crianças maiores reagiriam bem a ele? Testei na hora.
Chamei minha filha (quase 6 anos), sentamos em um cantinho e o entreguei
pedindo que ela lesse suas frases simples. Foi delicioso perceber que ela
entrou na brincadeira imediatamente, já na primeira página, que apresenta uma
bolinha amarela e diz “Aperte a bola amarela e vire a página”. A pequena
apertou e virou, continuando com a brincadeira. E ela ria e ria, enquanto
obedecia às ordens de “clicar”, sacudir, virar para a esquerda, virar para a
direita, soprar, bater palmas. Fico com os dedos coçando para contar mais sobre
ele aqui, mas não vou estragar a surpresa para vocês.
Absolutamente interativo, ele
apresenta novas possibilidades para os livros em plena era digital, onde as
crianças estão tendo acesso cada vez mais cedo à internet, jogos eletrônicos,
aplicativos em celulares, tablets e toda sorte de brinquedos. Aliás, hoje, falando empolgada dele para meu marido, disse exatamente isso, que achava que
sua proposta era mostrar que é possível aos livros permitirem interação,
aventura e surpresa tanto quanto os aplicativos eletrônicos. Para mim até mais,
pois um leitor tem muito mais espaço para imaginar e criar que um usuário digital,
ou não é?
Ainda é preciso dizer que sua
impressão é muito bem cuidada, com capa dura e papel fino, mas resistente, e
que Hervé Tullet é francês, artista plástico e autor de vários livros
infantis de sucesso – mas este é o seu primeiro livro lançado no Brasil. Recomendadíssimo!
Fico pensando nas crianças que conheço que certamente o curtiriam,
principalmente aquelas que andam valorizando demais brincadeiras eletrônicas...
e sei que ele será uma ótima opção de futuros presentes. Presente para crianças de todas as idades... inclusive da minha rsrs
Eu vi esses dias também e adorei! Nem lembrava mais que estava na lista da Crescer. Tanto eu quanto o maridão nos divertimos à beça. Vai para a estante do pequeno com certeza.
ResponderExcluirAmei, vou comprar quando for ao Brasil! Ou à França, né, porque o autor parece ser francês!
ResponderExcluirBeijos