Pedro e o lobo
texto: Heloísa Prieto (adaptado da obra de Sergei Prokofiev)
ilustrações: Gusti A. Rosemffet
editora: Ática
O maestro e compositor russo Sergei Prokofiev escreveu Pedro e o lobo em 1936, ou seja, há 75 anos. Entretanto, é incrível como essa história infantil continua atual e atraindo a atenção das nossas crianças século XXI. Não é para menos, a história tem mesmo vários elementos para aguçar o interesse dos pequenos: uma criança corajosa, a desobediência de uma ordem adulta, um lobo malvado, amigos animais, uma floresta misteriosa, caçadores, e um final que possibilita várias interpretações. Mas não é só isso, a história surgiu como uma sinfonia, onde cada personagem ganhou um instrumento musical. Assim, o passarinho é interpretado pela flauta, o lobo pelas trompas, o pato pelo oboé, e por aí vai.
Tive meu primeiro contato com a história através do Pequenópolis (algum soteropolitano ainda não conhece esse blog, onde Mariana Carneiro nos informa as melhores programações infantis da Soterópolis?). O post anunciava o espetáculo Pedro e o Lobo que seria apresentado no Teatro Castro Alves, pelo Balé do Teatro Castro Alves e a Orquestra Sinfônica da Bahia. Nos dias do espetáculo estaríamos com visitas em casa, e uma programação turística apertada, mas eu sabia que estava diante de algo realmente imperdível – TCA + BTCA + OSBA era uma combinação especial demais! Foi também no blog de Mariana que peguei o link para baixar em MP3 o cd Pedro e o lobo que Rita Lee e a Orquestra Nova Sinfonieta gravaram em 1989. O CD é lindo (a Rita - sou fãzona dela - narra a história enquanto a orquestra toca a sinfonia), mas não encontrei mais para comprar. Se quiser baixar clique Aqui.
Empolgada com a oportunidade de apresentar uma obra tão especial a minha filha, comprei os ingressos, baixei o cd, e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que a pequena já conhecia toda a história. Sim, inclusive me contando detalhes das cenas. É que sua professora de música havia levado o cd de Rita Lee para as crianças da escola ouvirem há algumas semanas. Vocês imaginam como ela foi animada ao teatro? Ficamos no centro da terceira fileira da sala principal do TCA, com a orquestra e o maestro a nossa frente, e confirmei que imperdível era realmente a palavra a ser usada - pude ir mostrando (e aprendendo) os instrumentos para minha filha, explicando a função do maestro, e no final do espetáculo, o número de pessoas envolvidas para que tudo saísse tão lindo. Essas apresentações no TCA foram o início de uma temporada nacional, então vou deixar registrada minha recomendação aos leitores de outros estados. Vou acrescentar apenas que na saída ouvi de minha filha o seguinte pedido: “mamãe, vamos voltar e assistir novamente?”
Bom, ela ouviu a história e a orquestra na escola, assistiu o espetáculo no teatro, e eu fiquei pensando que seria ótimo apresentá-la em livro. E foi assim que cheguei à adaptação da história por Heloísa Prieto, editada pela Ática. Quando o comprei fiquei com receio por ter um texto mais extenso, mas a história realmente envolve os pequenos leitores (em leitura compartilhada, claro). Mas o melhor foi quando chegamos ao final do livro, que termina com o seguinte trecho:
“...
De onde vinha esse barulhinho esquisito?
Adivinhe só:
Era a pobre Pata que não parava de falar dentro da barriga do Lobo.
Já pensou?
Como é que se faz para acabar com a dor de barriga do Lobo?
Você sabe se dá para tirar a Pata lá de dentro?
Então, me conte, porque o final dessa história nem eu consegui inventar!“
A minha pequena respondeu logo que o pato poderia sair sim da barriga do lobo, e em seguida questionou porque não havia uma página final com o desenho do pobre patinho saindo da barriga do terrível lobo. Respondi para ela que cada pessoa que lesse o livro poderia escolher o final que quisesse, inclusive com o pato não saindo da barriga do lobo, e imaginar como seria essa imagem, e que assim ficava tudo muito mais legal. Perguntei então como ela imaginava que o pato poderia sair e ela respondeu, com aquele ar de “que óbvio”, que Pedro enfiaria a mão na boca do lobo e tiraria o pato. Pronto, peguei papel, lápis e cola colorida e ela fez a ilustração do seu final. E na sua versão o lobo engolia não um, mas dois patos. Na verdade um casal, e o que se ouvia da barriga do danado era o “tam, tam, tamtam” da marcha nupcial dos patinhos se casando rsrs Colei o seu desenho com durex no final do livro e fiquei pensando para onde vai a nossa imaginação infantil depois que a gente cresce...
Eu tinha escrito esse post na quarta-feira passada, e ele terminava nos três pontinhos lá de cima, mas no feriadão uma ideia fervilhou na minha cachola. Pensei nela porque meu esposo ficou com nossas visitas enquanto íamos ao teatro, e a minha pequena Cachinhos falou que queria muito que o pai estivesse lá. Peguei cartolina branca, palitos de picolé e churrasco, e materiais diversos: cola colorida com glitter, tinta guache, canetinha hidrocor, papel crepon, papel veludo, lã e fizemos nosso próprio espetáculo para o papai. Colado na parede com durex nosso cenário: a casa de Pedro, a árvore e o lago. Presos aos palitos, os personagens, que eu e a filhota movimentávamos enquanto Rita Lee e a Orquestra Nova Sinfonieta contavam e tocavam a história de Pedro no nosso aparelho de som. Nem sei o que foi mais divertido, desenhar (o gato e o lobo pelo talentosíssimo marido, o passarinho arrepiado que está no alto da árvore pela fofa filhota e os demais pela atrapalhada aqui) e decorar os personagens e cenários, ou apresentar. No final, o recorrente "vamos de novo?" dessa Cachinhos insaciável...
Eu tinha escrito esse post na quarta-feira passada, e ele terminava nos três pontinhos lá de cima, mas no feriadão uma ideia fervilhou na minha cachola. Pensei nela porque meu esposo ficou com nossas visitas enquanto íamos ao teatro, e a minha pequena Cachinhos falou que queria muito que o pai estivesse lá. Peguei cartolina branca, palitos de picolé e churrasco, e materiais diversos: cola colorida com glitter, tinta guache, canetinha hidrocor, papel crepon, papel veludo, lã e fizemos nosso próprio espetáculo para o papai. Colado na parede com durex nosso cenário: a casa de Pedro, a árvore e o lago. Presos aos palitos, os personagens, que eu e a filhota movimentávamos enquanto Rita Lee e a Orquestra Nova Sinfonieta contavam e tocavam a história de Pedro no nosso aparelho de som. Nem sei o que foi mais divertido, desenhar (o gato e o lobo pelo talentosíssimo marido, o passarinho arrepiado que está no alto da árvore pela fofa filhota e os demais pela atrapalhada aqui) e decorar os personagens e cenários, ou apresentar. No final, o recorrente "vamos de novo?" dessa Cachinhos insaciável...
Olá! Amiga,
ResponderExcluirQue bom encontrar seu blog e ver que você
acompanha o meu!
Sou sua primeira seguidora. Gostei muito
das suas postagens. Realmente, quem gosta
e lê literatura infantil vive se surpreendendo
e se encantando, não é mesmo?
Também sou blogueira novata. Meu blog tem
apenas 3 meses e alguns dias de existência.
Estou muito feliz. Estou adorando ser blogueira.
Espero que você também goste.
Estou comentando como anônima, porque estou
com problemas com o blogger.Só estou conseguindo
deixar comentários em alguns blogs.Isto está ocorrendo desde maio. Estou achando esta situação
muito chata. Gosto muito de deixar um comentário nos blogs que sigo e acompanho. Espero que eles
resolvam logo este problema.
bjs
Cristina Sá do blog:
http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.
blogspot.com